Isto Posto… Os negacionistas e os mercadores da fé.

A atitude desse padre traduz bem o bolsonarismo na sua faceta mais odienta, indigna, abjeta e perversa. Os que comungam do mesmo pensamento negacionista do Capitão Comédia reproduzem todo o tempo as suas mentiras e aberrações, sem nenhum pudor. E, também sem qualquer traço de caráter ou vergonha, vão adotando novas narrativas absurdas e doentias sobre os mais variados assuntos, tão logo a verdade se imponha.

No início da pandemia que se abateu sobre o mundo, primeiro, os bolsonaristas negaram a existência do Covid 19. “Tem a questão do coronavírus também que, no meu entender, está superdimensionado, o poder destruidor desse vírus”. A doença se impôs. Economias poderosíssimas como dos Estados Unidos e da Europa foram a nocaute, com governantes céticos sendo obrigados a fazer lockdown para conter o contágio e evitar a bancarrota completa.

Depois, negaram sua gravidade. “O que eu ouvi até o momento [é que] outras gripes mataram mais do que esta”, mas a mortandade também se impôs, ceifando mais de 300 mil vidas de nossos irmãos brasileiros. A ponto de ameaçar de colapso o sistema de saúde do país e obrigar governadores e prefeitos a agirem de forma atabalhoada, devido à falta de coordenação nacional de um ministério da saúde ocupado por militares incompetentes e irresponsáveis em busca de aumentar seu soldo a expensas do erário.

Em seguida, numa demonstração maior da desonra que caracteriza os bolsonaristas, os fiéis escudeiros do presidente mais despreparado e incompetente que o Brasil já teve, apressaram-se em apontar os culpados pela tragédia na qual transformaram a crise sanitária, sempre tratada pelo mandatário maior com menoscabo e irresponsabilidade. Criaram um antagonismo inexistente entre tomar medidas sanitárias adequadas para debelar a crise de saúde e manter funcionando uma Economia que já vinha cambaleando com o fraquíssimo desempenho do “Chigago Boy” Paulo Guedes, um economista que se considerava um gênio preterido e incompreendido pelo país, mas que no presente não passa do bajulador-Mor do militar inepto.  Culparam o distanciamento social, os prefeitos, os governadores, a china, os comunistas, as máscaras, o álcool gel e o Papa. “Até porque o brasileiro tem que ser estudado. Ele não pega nada. Você vê o cara pulando em esgoto ali. Ele sai, mergulha e não acontece nada com ele.” A ciência se impôs. Governantes sérios viabilizaram a vacina.

Por fim, inflados pela estultícia e pelo que Freud denominava Pulsão de Morte, os bolsonaristas se apegaram ainda mais às perversões e mentiras, sabotando o acesso do povo a vacinas, porque, como bons charlatães que são, sempre tiveram suas soluções milagrosas contra a doença, a exemplo do famigerado Kit Covid, vendido aos seus sequazes estupidificados como porção mágica para curar a Covid 19, tal como fazem aqueles conhecidos mercadores da fé, que vendem “Feijões Mágicos”, para nossa gente humilde, já chafurdada na dor e na miséria. “A gente vai junto com pastores e religiosos anunciar para pedir um dia de jejum ao povo brasileiro em nome de que o Brasil fique livre desse mal o mais rápido possível”. Mas, a verdade é o tempo, e o tempo sempre se impõe. E chegará também para os bolsonaristas, quando não puderem mais negar seus pecados.

P.S. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre​”.

Por: Adão Lima de Souza

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