FRENTE SANDINISTA: DA AÇÃO DE DERROCADA AO TOTALITARISMO MODERNO

Nietzsche lembra que é necessário cuidado para, ao lutar contra coisas sombrias, não nos tornemos sombrios. Não é o caso da Frente Sandinista. Penso que o gesto de Guerreiro Ramos em defender o conceito de revolução, num momento confuso em que as categorias flutuavam num mundo convulso, foi o gesto mais profundo da história da sociologia. Por exemplo, houve revolução em Cuba, na Nicarágua, na França? Não é uma questão escolástica; é uma questão de lógica e história ao mesmo tempo.

No caso da Nicarágua, podemos, seguindo o mestre, que houve uma ação de derrocada, a qual consiste num assalto armado ao poder. Depois de anos a fio no poder, a FSNL mudou a realidade econômica? Não. Então, nunca houve revolução.

A estrutura colonial permaneceu intacta e cambiou ao ponto de se tornar em laboratório, talvez pela influência de Vladimir Putin, a mais obscura figura da política atual, da forma atual do totalitarismo.

Em que consiste este totalitarismo? Conforme vimos alertamos, desde 2008, na extensão, de maneira nazista, de proibição no nível do cotidiano.

Hoje, na Nicarágua, temos a mais sombria experiência de totalitarismo moderna. Ou seja: Daniel Ortega é muito pior do que Somoza.

Por: Luís Eduardo Gomes do Nascimento, Advogado, Professor do Departamento de Ciência e Tecnologia, Campus |||, Juazeiro, Bahia, UNEB.

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