E APOIS!… Bravatas, palhaçadas, diversionismo e incompetência bolsonaristas.

O típico bolsonarista de raiz é uma pessoa que se explica pela estupidez porque na estupidez ele se exprime, manifesta seu mais nefasto modo de ver o mundo e os outros seres humanos, animais e vegetais.

Para o típico bolsonarista-raiz, cortar verbas necessárias de universidade se justifica não porque é comum governos contingenciarem recursos diante de crises econômicas, mas sim porque estupidamente acredita que as universidades brasileiras estão infestadas de comunistas que só querem consumir drogas e transformar o espaço acadêmico num antro de devassidão e perversidade.

Para o típico bolsonarista-raiz, as tais doutrinações ideológicas denunciadas por eles como elemento mantenedor do tal Marxismo Cultural devem ser combatidas não porque acreditam numa Escola Sem Partidos, mas sim, porque somente o ensino-aprendizagem sem criticidade pode legitimar o autoritarismo de que precisam para distorcer os fatos históricos, reescrevendo-os conforme os seus interesses mesquinhos e corruptos.

Para o típico bolsonarista-raiz, programas sociais como o Bolsa Família são apenas meios de sustentar vagabundos em troca de votos nas eleições para partidos de esquerda. E pouco importa se políticas públicas de auxílios financeiros aos necessitados sirvam mais para fomentar o crescimento econômico, estimulando o consumo, que realmente ajudar o pobre coitado que padece na miséria. Pensar assim seria antiliberal, ou seja, coisa de comunista como bem lhe aconselha sua profunda ignorância.

Para o típico bolsonarista-raiz, a ditadura militar que espalhou terror e atrocidades por vinte e um anos no Brasil perseguia tão somente aqueles vagabundos admiradores de Fidel Castro que queriam implantar em nosso pais uma ditadura comunista. E que as centenas de pessoas desaparecidas, vítimas de tortura e assassínios pelas forças de segurança, em operações como a Condor, cuja tática era atirar pessoas vivas de aviões em alto mar, foram executadas por militantes de esquerda, embora os fatos históricos apontem inequivocamente para ação orquestrada dos governos militares, como explicaram os torturadores argentinos, condenados a prisão perpétua, quando chamados a responderem por seus crimes na Argentina do grande Che.

Para o típico bolsonarista-raiz, a “res publica”, a independência dos Poderes da União, a autonomia dos entes federados, a participação popular, a liberdade de culto e filosofia, enfim , as mais imprescindíveis regras de sustentação do Estado Democrático de Direito não passam de entraves à tolher a boa intenção dos grandes patriotas, e, por isso, deveriam ser substituídas por detritos autoritários mais benfazejos ao povo, como uma nova intervenção militar, pois o como dizia George Owen, no livro 1984, o Grande Irmão nunca erra.

Para o típico bolsonarista-raiz, pouco importa quanta estupidez a trupe de paspalhões do desgoverno do Capitão Comédia cometa na economia, educação, meio ambiente, porque cada demonstração de ignorância pública perpetrada por qualquer da súcia presidencial será sempre celebrada por ele como uma “mitada”, um ato heroico dos grandes patriotas Guedes, Weintraub, Sales, Damares, Ernesto, Carlos, Eduardo, Flávio, Jair.

Isto posto, para nós que não somos típicos bolsonaristas-raiz, mitos, patriotas, conservadores nos costumes e liberais na economia, que acreditamos na possibilidade de convivência pacífica com o outro, respeitamos a diversidade, o pensar diferente, o jogo democrático, os irmãos brasileiros, o meio ambiente, os povos indígenas e sulamericanos, resta apenas lutar incansavelmente para derrotar esses tempos de vitupérios, estultices, de fascismos e trevas.

Por: Adão Lima de Souza

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