Arquivos da Seção: Cotidiano

MOVA RUA: BASQUETE COMUNITÁRIO

CONFERÊNCIA: CORRUPÇÃO, COMPLIANCE E ATUAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO

Está aberto o período de pré-inscrição para a Conferência “Corrupção, Compliance e Atuação do Poder Judiciário”, previsto para ocorrer no dia 10 de Junho, a partir das 19 horas, no formato virtual.

O evento está sendo organizado pelo Colegiado Acadêmico do Curso de Direito, da Faculdade de Petrolina (FACAPE) e o Programa Escola Verde.

A inscrição é gratuita e haverá emissão de certificado com carga horária de 3 horas; mediante assinatura da lista de presença que será repassada durante o evento.

De acordo com o prof Celso Franca, um dos organizadores do evento, “será um espaço importante para se debater assuntos tão atuais e relevantes para a sociedade”.

PROGRAMAÇÃO

A Conferência terá inicio com a palestra especial da ex-ministra do STJ, jurista e advogada, Eliana Calmon, as 19hs.

Em seguida, haverá debate com a participação dos ilustres convidados, Ivan Galvão, Procurador do Estado de Pernambuco; Vinicius Cardona Franca, Procurador do Estado da Bahia; e Leandro Bastos Nunes, Procurador da República.

PRÉ-INSCRIÇÃO

A pré-inscrição segue aberta até o dia 09/06, através do formulário eletrônico:
https://forms.gle/PQ2yzwphmB24GWGm9

A transmissão será através do Canal do Curso de Direito no YouTube.
link de acesso:
https://youtu.be/9XdwhfIIAyA

Brasil chega a 400 mil mortos por Covid 19 com inépcia do governo federal

Com o desprezo do governo federal e da população pelos riscos da Covid-19, passando pela insistência do presidente em investir em remédios sem eficácia contra a doença até a demora na compra de vacinas, entre outros tropeços, o Brasil ultrapassou nesta quinta-feira (29) a marca de 400 mil mortes provocadas pelo coronavírus, 14 meses após a detecção da doença no Brasil e apenas 37 dias depois de registrar 300 mil óbitos.

Às 12h41 desta quinta, o consórcio de veículos de imprensa formado por Folha, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1, Extra e UOL registrava 400.021 mortes no país, com mais de 14,5 milhões de casos desde fevereiro de 2020. É o segundo maior saldo absoluto de mortos no mundo, superado apenas pelos mais populosos Estados Unidos (574 mil), onde a epidemia já dá sinais de declínio.

Sob a premência dos números e com a pressão de uma CPI para investigar sua gestão da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido aconselhado a atenuar seu discurso a respeito da maior crise sanitária em cem anos.

Enquanto cruzavam as marcas de 100 mil cadáveres (em 8 de agosto de 2020), 200 mil (em 7 de janeiro deste ano) e de 300 mil (em 24 de março), os brasileiros ouviam da maior autoridade do país que o Sars-Cov-2 é uma “fantasia da grande mídia”, uma “gripezinha” e um “mimimi”.

As frases de Bolsonaro coincidem com a escalada de mortes, e, com as falhas de gestão em todos os níveis e o fatalismo de parte da população, ajudam a explicar por que o Brasil virou preocupação mundial na pandemia.

A pequena inflexão no discurso presidencial, simbolizada pelo uso esporádico em público da máscara de proteção que tanto criticava e pela ênfase na vacinação ainda podem estancar o agravamento da crise, mas não são suficientes, a essa altura, para reverter o quadro nem apagar um saldo de mortos que supera, por exemplo, o total das baixas de soldados britânicos na Segunda Guerra Mundial.

Colapsos simultâneos dos sistemas de saúde pelo país já ocorrem, com falta de insumos que vão de oxigênio a medicação para intubação. Acelerar a vacinação, com as encomendas de vacinas tardiamente fechadas e as entregas frequentemente atrasadas, ainda não é uma realidade.Apenas recentemente Bolsonaro passou a trabalhar pela imunização dos brasileiros.”Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus”, disse em pronunciamento em rede nacional no fim de março. Nem sempre foi assim.Com a Coronavac, vacina que vem garantindo a imunização dos brasileiros, o presidente colocou em dúvida a eficácia da droga por sua origem chinesa (algo que o ministro Paulo Guedes ecoou nesta semana) e travou guerra com o governador João Doria (PSDB), seu ex-aliado de palanque que adquiriu o produto.

Pandemia: Projeto Escola Verde distribuirá máscaras de proteção.

Projeto Escola Verde, desenvolvido por várias Instituições de Ensino Superior da região do Vale do São Francisco, em parceria com o MEC, está confeccionando máscaras de proteção contra o Coronavirus, tanto de tecido como de acetato tipo face shield, para doação às instituições de saúde, como Hospital Universitário, postos de saúde e Ubs’s, além da população em vulnerabilidade social tanto de Petrolina quanto de Juazeiro. No próximo dia 30 , sexta- feira, o Projeto Escola Verde irá destinar mais de 3.000 máscaras de acetato e 200 de tecido para as instituições de saúde e comunidades carentes da região. As máscaras são confeccionadas pelos estudantes da Univasf e outras instituições de Ensino, voluntários do Projeto. Além máscaras o projeto também está realizando a Campanha Vale Solidário que visa arrecadação de alimentos não perecíveis e produtos de higiene e limpeza, para as famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade. As doações podem ser feitas nos campi da Univasf de Petrolina ou Juazeiro.
As doações serão recebidas pela portaria. Desde já agradecemos o empenho da comunidade do Vale do São Francisco. Este trabalho estará sendo realizado até que a população esteja segura do atual momento crítico pelo qual estamos passando.

Coordenadores do Projeto Escola Verde:
Prof.Paulo Ramos – Univasf.

Prof. Celso Franca – Facape.

JOÃO CABRAL, RETRATOS EM BRANCO E PRETO

Sempre evitei falar de mim,

falar-me. Quis falar de coisas.

Mas na seleção dessas coisas

não haverá um falar de mim?

Em A fotobiografia de João Cabral de Melo Neto, ao nos defrontarmos com as coisas que o cercavam, descobrimos rastros do poeta, que muitas vezes dizem mais sobre ele que seus próprios versos, como sintetiza sua imagem mais desnuda no poema Dúvidas apócrifas de Marianne Moore.

Em resposta a Lira, Guedes diz que Congresso precisa aprovar ‘protocolo’ para garantir novo auxílio

BRASÍLIA – Cobrado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), a apresentar uma solução para uma nova rodada de auxílio emergencial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o “protocolo” para dar segurança jurídica para a retomada do benefício está pronto, mas que é preciso o Congresso aprovar.

“[O presidente da Câmara dos Deputados] Arthur Lira fez hoje uma convocação por solução, posso entregar hoje se ele quiser. A solução para o auxílio é uma PEC de guerra embutida no pacto federativo”, afirmou durante evento da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).

A “solução”, segundo o ministro, é votar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) “de guerra”, que permita ao governo ampliar os gastos sem as amarras de regras fiscais. Para facilitar a tramitação, essa “cláusula da calamidade” pode ser incluída em uma PEC que já está tramitando no Congresso, a do pacto federativo. “Se vier auxílio emergencial sem escudo fiscal, inflação e juros sobem”, disse Guedes. Segundo ele, a “PEC de guerra” é uma demonstração de “não somos uma geração de oportunistas e covardes”.

Mais cedo, na primeira cobrança pública à equipe econômica, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse que, com a indefinição sobre uma nova rodada do auxílio emergencial, a situação dos afetados com o agravamento da pandemia da covid-19 “está ficando crítica”. “Urge que o ministro Guedes nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável, dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja, a situação está ficando crítica na população e precisamos encontrar uma alternativa”, disse Lira.

Ele reclamou que o Ministério da Economia até o momento não enviou nenhuma proposta para a retomada do auxílio ao Congresso. “Tudo dentro ainda de conversas que deveremos ter. Nada ainda foi encaminhado praticamente”, disse. “Temos urgente que tratar desses assuntos com a sensibilidade que o caso requer.”

Trata-se do primeiro embate entre Lira, recém empossado, e Guedes. O ministro da Economia torceu pela vitória de Lira como forma de melhorar sua relação com o Congresso, já que ele não tinha sintonia com o ex-presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O auxílio emergencial foi pago a desempregados, beneficiários do Bolsa Família e trabalhadores informais em 2020. Foram cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300. Com o agravamento da pandemia, aumentou a pressão para que o governo retome o benefício.

A equipe econômica quer atrelar uma nova rodada do auxílio a medidas de cortes de gastos, mesmo que sejam com efeitos no médio prazo. Além disso, Guedes vem repetindo que precisa de uma segurança jurídica para bancar a retomada do auxílio. Isso porque, em 2020, foi aprovado o orçamento de guerra, que, na prática, permitiu que houvesse uma ampliação dos gastos sem as “amarras” das regras fiscais. Neste ano, porém, não há calamidade pública e todas as normas estão em vigor. Descumpri-las pode fazer com o que o governo seja alvo de crime de responsabilidade.

“Tem que ser feito dentro de protocolos, ou corremos risco de descontrole completo. Se isso se estender no tempo sem contrapartidas, estamos incendiando finanças públicas”, disse Guedes.

O ministro quis demonstrar “sintonia” com o novo comando do Congresso. Segundo ele, há um acordo para que os trabalhos para garantir o respaldo à nova rodada ocorra nos próximos 15 dias, mesmo durante o Carnaval, e que o benefício saia em 20 dias. “Não podemos ter de novo ministro brigando com presidente da Câmara e governadores avançando sobre recursos da União”.

Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/em-resposta-a-lira-guedes-diz-que-congresso-precisa-aprovar-protocolo-para-garantir-novo-aux%c3%adlio/ar-BB1dC0AR?ocid=mailsignout&li=AAggXC1

O Racismo à brasileira

Você já imaginou o que é ser negro? Qual a situação do negro aqui no Brasil? Porque a sociedade discrimina as pessoas de cor preta?

O racismo é um problema mundial, mas geralmente aqui em nosso País, é tratado como se não existisse. Esse faz de conta deixa-nos bastante cômodos, e camufla uma situação de fato no nosso dia a dia, em ocasiões corriqueiras e conversas informais, piadinhas que veiculam imagens estereotipadas que inferiorizam o negro. Bem, depois das piadas serem contadas e certamente provocarem risos, há que dê um aperto e mão ou um tapinhas nas costas de um colega de cor preta e diga: “é brincadeira, apesar de negro, você é nosso amigo”.

A outra forma é o subterfúgio, espécie de artimanha de isenção de responsabilidade social, no qual as pessoas atribui ao negro a culpa pela sua situação, pelo seu “destino”. Assim, ao invés de vítima, passa a ser o algoz de si mesmo, e de agredido ele passa a ser o agressor. Essa burla dos fatos pode ser exemplificada em frases como “É o negro que discrimina!”; “O negro é que é racista!”; “O negro é pobre porque quer!”.

O Mito da Democracia Racial

No que diz respeito somente aos negros, no Brasil há um mito que impede que muitos deles se identifiquem propriamente como pessoas negras e partam, juntamente com outras pessoas comprometidas com sua causa, para ação política. É o mito da democracia racial, eficaz por negar que exista conflito entre negros e brancos. No nosso entendimento, o conflito racial existe, sutil, velado, não declarado.

A sociedade resiste em livrar-se de seus mitos porque é difícil encarar a realidade. Quando se torna impossível sustentar a tensão entre o real e o imaginário, entre o objetivo e o subjetivo, são buscadas medidas paliativas que pouco resolve. No nosso caso, a realidade é a existência do racismo; o imaginário é a negativa de que este exista.
O fato de nesse pequeno ensaio estarmos discutindo essa questão interna, mas o racismo no mundo é endêmico. Vários estudos apontam a etnocentria como fator preponderante, entre outros. No caso dos movimentos e protestos atuais nos Estados Unidos, em que pese o assassinato do negro George Floyd, nos remete às correntes de pensamentos ou sentimentos que à medida que circulam socialmente fazem eclodir generalizados movimentos de protesto.

Claro que em momento de pandemia as emoções se exacerbam diante do imprevisto e das temeridades. A tendência é que os protestos atuais venham a ser substituídos por outros temas de protestos, conforme a pauta de cada época. Uma mudança substancial dos atuais protestos poderia surgir se provocasse uma nova legislação ou um novo pacto de lideranças comprometidas com mudanças estruturais no seio das sociedades. Tem sido muito difícil construir novos pactos em decorrência apenas de protestos. A esperança é que surja algum estadista que crie um fato novo para melhor entendimento de processos étnicos e culturais.

Bem! A pergunta que deixo aqui é: o que estamos deixando para as próximas gerações?

Por Celso Franca, Doutor em Educação pela Facultad Interamericana de Ciencias Sociales; Mestre em Sociologia (UFPE); Especialização em Gestão de Negócios Internacionais (FGV); Graduado em Ciências Sociais (UNIFACS); Prof. da FACAPE; Vice – Coordenador do Projeto Escola Verde – PEV.

Trump também tem seu Mandetta

Principal epidemiologista dos EUA, Anthony Fauci frequentemente diverge do presidente, corrigindo-o publicamente sobre as diretrizes da pandemia do coronavírus, e e ganha apoios dos americanos.

Invariavelmente as entrevistas diárias da Força-Tarefa do Coronavírus acabam em embate entre o presidente Donald Trump e Anthony Fauci — o respeitado diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e principal especialista do assunto na Casa Branca. Ambos divergem publicamente sobre o modus operandi de enfrentar a pandemia, o pior pesadelo do presidente americano em ano eleitoral.

Aos 79 anos, com credenciais asseguradas pelo trabalho com seis presidentes americanos, Fauci sempre leva a melhor. Nos últimos dias, a hidroxicloroquina, se colocou entre os dois. O presidente insiste em introduzir o medicamento contra a malária no tratamento da Covid-19, apesar de não ter eficácia comprovada. Como médico, Fauci resiste e não esconde o desagrado. Está criado mais um impasse público.

Com paciência equivalente à de um monge budista, Fauci frequentemente entra em ação para desmentir o presidente. A cada divergência, especula-se que ele será demitido.

Mas quem ousa? Há 36 anos na Casa Branca, o epidemiologista foi consultor de Ronald Reagan, George Bush (pai), Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. Tem prática com pandemias e surtos, enfrentou Sars, Mers e Ebola.

O novo coronavírus, que vitimou 10 mil americanos e confinou 97% do país em casa, tornou-se seu maior desafio e, ao mesmo tempo, alçou-o ao posto de celebridade. Não é à toa que recebeu do jornal “The New York Times” o apelido de “explicador em chefe” dos EUA. Dele, espera-se a lucidez e a coragem para enfrentar o impaciente presidente. A vacina, por exemplo, não chegará no tempo desejado por Trump.

Trump quis reabrir a economia e chegou a anunciar a retomada das atividades na Páscoa. Fauci discordou e persistiu no mantra fique-em-casa-e-pratique-o-distanciamento-social para mitigar os efeitos da Covid-19. O presidente capitulou e a contragosto estendeu a quarentena até dia 30.

Entre um cientista preso aos fatos e um presidente apegado à intuição, os americanos preferem obedecer às diretrizes do primeiro: a única forma de abreviar o trágico pesadelo que enreda todo o planeta é permanecer em casa, a despeito da paralisação da economia. Qualquer paralelo entre a tensão instalada entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Luiz Henrique Mandetta não é mera coincidência.

Fonte: Portal G1

Português “bem dizido”: emprego de algumas palavras e expressões semelhantes.

1. Que ou Quê

  • Que é pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva.
  • Quê é um substantivo (com o sentido de “alguma coisa”), interjeição (indicando surpresa, espanto) ou pronome em final de frase (imediatamente antes de ponto final, de interrogação ou de exclamação)

Exemplos:
Que você pretende, tratando-me dessa maneira? Você pretende o quê?
Quê!? Quase me esqueço do nosso encontro.

2. Mas ou Mais

  • Mas é uma conjunção adversativa, de mesmo valor que “porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto”.
  • Mais é um advérbio de intensidade, mas também pode dar ideia de adição, acréscimo; tem sentido oposto a menos.

Exemplos:
Eu iria ao cinema, mas(porém) não tenho dinheiro.
Ela é a mais (menos) bonita da escola.

3. Onde, Aonde ou Donde

  • Onde significa “em que lugar”.
  • Aonde significa “a que lugar”.
  • Donde significa “de que lugar”.

Exemplos:
Onde (em que lugar) você colocou minha carteira?
Aonde (a que lugar) você vai, menina?
Donde (de que lugar) tu vieste?

4. Mal ou Mau

  • Mal é advérbio, antônimo de “bem”.
  • Mau é adjetivo, antônimo de “bom”.

Exemplo: Ele é um homem mau (não é bom); só pratica o mal (e não o bem).

  • Mal também é substantivo, podendo significar “doença, moléstia, aquilo que é prejudicial ou nocivo”

Exemplo: O mal da sociedade moderna é a violência urbana.

5. A par ou Ao par

  • A par é usado, no sentido de “estar bem informado”, ter conhecimento”.
  • Ao par só é usado para indicar equivalência entre valores cambiais.

Exemplos:
Estou a par de todos os acontecimentos.
O real está ao par do dólar.

6. Ao encontro de ou De encontro a

  • Ao encontro de indica “ser favorável a”, “ter posição convergente” ou “aproximar-se de”.
  • De encontro a indica oposição, choque, colisão.

Exemplo: Suas ideias vêm ao encontro das minhas, mas suas ações vão de encontro ao nosso acordo. (Suas ideias são tais quais as minhas, mas suas ações são contrárias ao nosso acordo)

7. Há ou A na expressão de tempo

  • Há é usado para indicar tempo decorrido.
  • A é usado para indicar tempo futuro.

Exemplos:
Ele partiu há duas semanas.
Estamos a dois dias das eleições.

8. Acerca de, A cerca de ou Há cerca de

  • Acerca de é locução prepositiva equivalente a “sobre, a respeito de”.
  • A cerca de indica aproximação.
  • Há cerca de indica tempo decorrido.

Exemplos:
Estávamos falando acerca de política.
Moro a cerca de 2 Km daqui.
Estamos rompidos há cerca de dois meses.

9. Afim ou A fim de

  • Afim é adjetivo equivalente a “igual, semelhante”.
  • A fim de é locução prepositiva que indica finalidade.

Exemplos:
Nós temos vontades afins.
Ela veio a fim de estudar seriamente.

10. Senão ou Se não

  • Senão significa “caso contrário, a não ser”.
  • Se não ocorre em orações subordinadas adverbiais condicionais; equivale a “caso não”.

Exemplos:
Nada fazia senão reclamar.
Estude bastante, senão não sairá sábado à noite.
Se não estudar, não sairá sábado à noite.

11. Nós viemos ou Nós vimos

  • Nós viemos é o verbo vir no pretérito perfeito do indicativo, ou seja, no passado.
  • Nós vimos é o verbo vir no presente do indicativo.

Exemplos:
Ontem, nós viemos procurá-lo, mas você não estava.
Nós vimos aqui, agora, para conversar sobre nossos problemas.

12. Torcer por ou Torcer para

  • Torcer por, pois o verbo torcer exige esta preposição.
  • Torcer para é usado, quando houver indicação de finalidade, equivalente a “para que”, “a fim de que”.

Exemplos:
Torço pelo Santos.
Torço para que o Santos seja o campeão.

13. Desencargo ou Descargo

  • Desencargo significa “desobrigação de um encargo, de um trabalho, de uma responsabilidade”.
  • Descargo significa “alívio”.

Exemplos:
Filho que se forma é mais um desencargo de família para o pai.
Devolvi o dinheiro por descargo de consciência.

14. Sentar-se na mesa ou Sentar-se à mesa

  • Sentar-se na mesa significa sentar-se sobre a mesa.
  • Sentar-se à mesa significa sentar-se defronte à mesa. O mesmo ocorre com “estar ao computador, ao telefone, ao portão, à janela …

Exemplos:
Sentei-me ao computador para trabalhar.
Sentei-me na mesa, pois não encontrei cadeira alguma.

15. Tilintar ou tiritar

  • Tilintar significa “soar”.
  • Tiritar significa “tremer de frio ou de medo”.

Exemplos:
A campainha tilintava sem parar.
O rapaz tiritava de frio.

16. Ao invés de ou Em vez de

  • Ao invés de indica “oposição, situação contrária”.
  • Em vez de indica “substituição, simples troca”.

Exemplos:
Em vez de ir ao cinema, fui ao teatro.
Descemos, ao invés de subir.

17. Estadia ou Estada

  • Estadia é usado para veículos em geral.
  • Estada é usado para pessoas.

Exemplos:
Foi curta minha estada na cidade.
Paguei a estadia de meu automóvel.

18. A domicílio ou Em domicílio

  • A domicílio só se usa quando dá ideia de movimento.
  • Em domicílio se usa sem ideia de movimento.

Exemplos:
Enviarei a domicílio seus documentos.
Fazemos entregas em domicílio
Levaram a domicílio as compras.
Damos aulas particulares em domicílio.

19. Estágio ou Estádio

  • Estágio é preparação (profissional, escolar ..).
  • Estádio significa “época, fase, período”.

Exemplos:
Estou no primeiro ano de estágio na empresa.
Naquela época o país passava por um estádio de euforia.

20. Perca ou Perda

  • Perca é verbo.
  • Perda é substantivo.

Exemplo: Não perca a paciência, pois essa perda de gols não se repetirá, disse o jogador ao técnico.

21. Despercebido ou Desapercebido

  • Despercebido significa “sem atenção”.
  • Desapercebido significa “desprovido, desprevenido”.

Exemplos:
O fato passou-me totalmente despercebido.
Ele estava desapercebido de dinheiro.

22. Escutar ou Ouvir

  • Escutar significa “estar atento para ouvir”.
  • Ouvir significa “perceber pelo sentido da audição”.

Exemplos:
Escutou, a tarde toda, as reclamações da esposa.
Ao ouvir aquele som estranho, saiu em disparada.

23. Olhar ou Ver

  • Olhar significa “estar atento para ver”.
  • Ver significa “perceber pela visão”.

Exemplo: Quando olhou para o lado, nada viu, pois ele saíra de lá.

24. Haja vista ou Hajam vista

  • Haja vista pode-se usar, havendo ou não a preposição a à frente, estando o substantivo posterior no singular ou no plural.
  • Hajam vista pode-se usar, quando não houver a preposição a à frente e quando o substantivo posterior estiver no plural.

Exemplos:
Haja vista aos problemas.
Haja vista os problemas.
Hajam vista os problemas.

ISTO É: O drama da civilização

Vivemos uma experiência inacreditável, uma situação de guerra contra um inimigo invisível, uma peste de proporções alarmantes — e mergulhamos num cenário desconhecido e apocalíptico. Desde a Segunda Guerra Mundial, como destacaram duas lideranças globais na quarta-feira 18, o presidente americano, Donald Trump, e a primeira ministra da Alemanha, Ângela Merkel, o planeta não enfrentava um desafio tão grande. E não há soluções a curto prazo. A recomendação universal é se isolar, sozinho ou com a família e manter a calma para minimizar os danos sociais. Enquanto o coronavírus se espalha por todos os continentes e já chega ao interior mais longínquo, resta ao cidadão comum se recolher para não se contaminar ou infectar o próximo.

Centenas de milhões de pessoas estão parando de trabalhar e de ir à escola. Países fecham fronteiras, cidades ficam sob o domínio do medo e a população se sente desprotegida. Ainda não há vacinas e nem remédios eficazes e a medida fundamental de contenção da doença é o isolamento social, que vai durar o tempo que os governos quiserem. Até a última quinta-feira foram registrados 235.404 mil casos da doença em todo o mundo e 9.785 mortes, segundo dados compilados pela Johns Hopkins University. Mais de 500 pessoas estão morrendo diariamente, principalmente na Itália, na Espanha e no Irã. Na Itália, quarta-feira, foi batido o recorde de mortes em um só dia, 475. Nem na China, origem da doença, se alcançou essa terrível marca. Caminhões do Exército italiano estão cruzando o país para transportar corpos de vítimas para a cremação. “A única saída para conter a Covid-19 é restringir a circulação de pessoas e parar a sociedade”, diz o médico infectologista Fábio Gaudenzi. “Quando se tem um vírus transmitido por indivíduos assintomáticos é virtualmente impossível conter a doença”. Autoridades italianas determinaram que quem sair de casa sem um motivo essencial será processado por epidemia culposa, com penas de até 12 anos de prisão. No Brasil, onde foi decretado estado de calamidade pública por causa dos efeitos devastadores da doença, os últimos dados do Ministério da Saúde confirmam 534 casos e seis mortes, quatro em São Paulo e duas no Rio. O total se suspeitos de contágio já chega a 11.278 pessoas. Nas próximas semanas esses números crescerão exponencialmente.

Além do isolamento, outra iniciativa recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que já se provou eficaz, é a realização de testes clínicos para o maior número de pessoas. “A mensagem central é: testar, testar e testar”, disse Maria Van Kerkhove, médica do programa de emergência sanitária da entidade. “Você não consegue parar essa pandemia se não souber quem está infectado”. A orientação da OMS surpreendeu o governo brasileiro, que por falta de kits de testes de biologia molecular vem diagnosticando apenas os casos mais graves e com necessidade de internação, além de profissionais de saúde e pacientes do grupo de risco. Mas uma pesquisa realizada por cientistas chineses e americanos mostrou que são os infectados assintomáticos e não identificados que aceleraram a proliferação de casos na China e estão matando a população italiana. Por outro lado, na Coréia do Sul, graças a ampliação dos testes, houve uma importante contenção no número de mortos. Os testes biológicos são feitos em laboratórios e hospitais e exigem equipamentos, reagentes e pessoas treinadas. Há um gargalo no Brasil por falta de testes e os diagnósticos estão demorando até uma semana. Os laboratórios públicos, como a Fiocruz, aumentaram a produção de testes e estão treinando seus servidores para realizá-los. Mas há um atraso nessas providências.

AUMENTO DA LETALIDADE

Enquanto na Ásia houve um crescimento paulatino no número de casos desde o início de janeiro, no Ocidente está havendo uma evolução explosiva da doença. Houve demora na reação das autoridades italianas, como também na Espanha e no Brasil e a letalidade da Covid-19 cresceu de maneira assustadora. Na China esse índice ficou em torno de 2%, mas na Itália já supera os 7%, por conta de uma grande população idosa. A gravidade da situação estaria levando o país a um dilema civilizacional. O jornal britânico The Telegraph divulgou um documento preparado pelo Departamento de Defesa Civil de Piemonte em que se considera a possibilidade de negar o atendimento médico em UTIs para pacientes com mais de 80 anos que apresentem más condições de saúde. Um médico ouvido pelo jornal disse que “quem vive e quem morre é decidido pela idade e pelas condições de saúde do paciente. É assim que ocorre em uma guerra”. Na última quarta-feira, a Europa superou a Ásia em número de mortes provocadas pelo coronavírus. Enquanto o continente europeu somava 3.421 mortes, os países asiáticos somavam 3.384. Só na Itália, que se tornou o principal foco da doença e contabiliza 41.035 infectados, havia 3.405 mortes – na China foram 3.130 até agora.

No mundo inteiro, escolas e universidades suspenderam as aulas, empresas liberam funcionários do trabalho e museus e outros equipamentos culturais fecham suas portas. Eventos esportivos foram suspensos ou cancelados em todo o mundo. A Liga Europeia de futebol foi interrompida, assim como os campeonatos nacionais europeus. Na América do Sul foram adiadas a eliminatória da Copa, a Taça Libertadores e os campeonatos nacionais. O santuário de Lourdes, na França, fechou pela primeira vez por causa do coronavírus. O mundo vive uma distopia, uma situação de desespero e privação que pode se prolongar por muitos meses e mudar definitivamente hábitos e costumes. Continuarão circulando informações, mas o movimento de pessoas e mercadorias será cada vez menor nos próximos meses e demorará a se normalizar. As barreiras sanitárias entre o países serão enormes. Blocos comerciais viraram letra morta de uma hora para outra por questões de saúde. No Brasil, até quinta-feira, a decisão de fechar as fronteiras não havia sido tomada, embora outros países sul-americanos tenham adotado a medida.

No mundo inteiro, escolas e universidades suspenderam as aulas, empresas liberam funcionários do trabalho e museus e outros equipamentos culturais fecham suas portas. Eventos esportivos foram suspensos ou cancelados em todo o mundo. A Liga Europeia de futebol foi interrompida, assim como os campeonatos nacionais europeus. Na América do Sul foram adiadas a eliminatória da Copa, a Taça Libertadores e os campeonatos nacionais. O santuário de Lourdes, na França, fechou pela primeira vez por causa do coronavírus. O mundo vive uma distopia, uma situação de desespero e privação que pode se prolongar por muitos meses e mudar definitivamente hábitos e costumes. Continuarão circulando informações, mas o movimento de pessoas e mercadorias será cada vez menor nos próximos meses e demorará a se normalizar. As barreiras sanitárias entre o países serão enormes. Blocos comerciais viraram letra morta de uma hora para outra por questões de saúde. No Brasil, até quinta-feira, a decisão de fechar as fronteiras não havia sido tomada, embora outros países sul-americanos tenham adotado a medida.

A Comissão Europeia anunciou que estrangeiros não poderão entrar em 31 países do continente por pelo menos 30 dias. “A batalha será dura e longa e vai precisar da ajuda de cada um. Cada cidadão, individualmente, deve obedecer as restrições de seus países para que consigamos vencer a crise”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Em cinco países – Itália, Espanha, Eslóvaquia, Áustria e Lituânia –, foi estabelecida a quarentena total, ou seja, as pessoas só devem sair de casa por motivos essenciais. Junto com o vírus uma nova ordem planetária se impõe e se descortina um futuro sombrio em que a vida se torna ainda mais incerta e perigosa. Há um drama civilizacional que se desenvolve como tragédia. A globalização, que deu o tom das relações internacionais nas últimas décadas, está em franco retrocesso.

A ESPERANÇA DA VACINA

Vários países já estão tratando a crise como um esforço de guerra. O presidente francês Emmanuel Macron instituiu uma quarentena de 15 dias para que a França possa combater o coronavírus. “Nós estamos em guerra contra um inimigo invisível”, repetiu várias vezes Macron. “Quem desobedecer as orientações poderá ser punido”. O primeiro-ministro inglês Boris Jonhson também falou em guerra. Os Estados Unidos, que têm infectados em 50 estados, fechou a fronteira com o Canadá. Em artigo para a revista Time, o filósofo e historiador israelense Yuval Noah Harari, diante do movimento antiglobalista que acompanha o combate ao vírus, diz que “o verdadeiro antídoto para a epidemia não é a segregação, mas a cooperação”.“Embora a quarentena de curto prazo seja essencial para interromper a epidemia, o isolacionismo de longo prazo levará ao colapso econômico sem oferecer nenhuma proteção real contra doenças infecciosas”.

O caso de maior sucesso no combate ao coronavírus e que deve ser observado com atenção é o da Coreia do Sul, onde a doença chegou no dia 20 de janeiro e o índice de letalidade é inferior a 1%, o mais baixo entre os países afetados. Lá, houve mais de oito mil infectados e 75 mortes até o dia 16 de março. A explicação que é dada para o êxito na contenção do vírus é a aplicação de testes para a população assintomática. A Coreia do Sul orientou seu sistema de saúde a se concentrar no diagnóstico da Covid-19 nos habitantes das áreas mais críticas. Qualquer pessoas que tivesse tido algum contato direto com casos confirmados passou pelo teste. Agentes de saúde passaram a monitorar a expansão do vírus visitando a casa de pacientes com suspeitas de contagio para impedir sua proliferação. Cerca de 15 mil testes tem sido realizados diariamente na Coreia. No Brasil, eles não passam de mil por dia.

Apesar das dificuldades iniciais, pesquisadores correm contra o tempo em busca de uma vacina para a Covid-19. China, Estados Unidos e Alemanha estão na frente nessa corrida e há cerca de 20 grupos dedicados a encontrar uma imunização contra a doença. A China desenvolveu seu primeiro protótipo e o Ministério de Defesa anunciou, terça-feira 17, que o país está pronto para iniciar os ensaios clínicos em seres humanos. Voluntários entre 18 e 60 anos estão sendo chamados para testar a vacina.

Os Estados Unidos, que iniciaram a primeira fase dos seus ensaios clínicos um dia antes do anúncio chinês, também perseguem uma solução rápida, eficaz e segura. Trump considera indispensável a descoberta de uma vacina antes das eleições para aumentar suas chances de vitória. No início da semana, ele se reuniu com executivos da indústria farmacêutica para cobrar o alcance desse objetivo. O problema da vacina, porém, não termina com a descoberta. É necessário produzi-la em larga escala e distribui-la para milhões de pessoas. Nenhum governo acredita que isso pode acontecer em menos de doze meses.

Outra notícia promissora vem do Japão, onde um medicamento chamado favipiravir, também conhecido por Avigan, foi recomendado por autoridades sanitárias chinesas porque acelera a recuperação de infectados. O remédio, desenvolvido por uma subsidiária da Fujifilm e usado para o tratamento de novas cepas de Influenza, demonstrou resultados encorajadores em um ensaio clínico feito com 340 pacientes. Aqueles que receberam o favipiravir ficaram negativos para o vírus depois de uma média de quatro dias após se tornarem positivos, enquanto os que não usaram a droga precisaram de uma média de onze dias para se recuperar. Outro medicamento, a hidroxicloroquina, droga que regula o sistema imunológico diante de infecções, foi aprovada pela Food and Drug Administration, dos Estados Unidos, para tratamento da Covid-19. A hidroxicloroquina é vendida nas farmácias brasileiras. Começa a aparecer uma luz no fim do túnel. Vacinas e remédios podem ser o antídoto para a pandemia. Mas isso não virá tão cedo e o que nos resta, por enquanto, se quisermos colaborar com a sociedade, é o isolamento. Neste momento, condutas individuais podem ser mais importantes para conter a peste do que ações do governo.

Por: Vicente Vilardaga